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Mel.
Estava eu há aguns poucos minutos revirando meu Itunes em busca de bandas que pudesse falar nesse musictuesday, tendo em vista que estou um pouco sumida do site... Pois bem, encontrei o primeiro álbum do Stone Roses, que há tempos também não ouvia, e dei play na primeira faixa, um clássico: "I Wanna Be Adored". Me empolguei e resolvi escrever um musictuesday especialmente sobre esse CD, colocando aqui alguns detalhes da banda também, é claro.
Pode-se dizer que o Stone Roses teve carreira meteórica. Começaram com um CD de estréia excepcional, que é reconhecido como grande influência por bandas importantes do cenário britpop, como o Oasis e o Blur, para lançar mais um disco (Second Coming, de 1994, outro álbum recomendadíssimo) e logo dar adeus ao mundo da música.
Dar adeus, é claro, somente a reunião do grupo enquanto Stone Roses. Ian Brown, seu ex-vocalista, continuou sua carreira, sendo lembrado como ícone e tendo lançado 6 álbuns desde o término da banda em 1996.
Ao vivo no programa de Tony Wilson ('Other Side of Midnight'), em Março de 1989,
antes do álbum ser lançado.
Mas falaremos da obra prima que é o "The Stone Roses". O álbum foi lançado em 1989 e é considerado até hoje um dos melhores debuts de todos os tempos. Sem abandonar os solos, que são bastante presentes em músicas como "I am The Resurrection" e"Fools Gold", a banda ainda consegue aliar tudo isso a ótimas letras.A letra de "I Wanna Be Adored", por exemplo, fala da necessidade de ser adorado. Já "Made Of Stone", sobre uma certa sensação de abandono e solidão. Esse quê melancólico das duas letras que mais me atingem no álbum, segue também nas demais músicas.O que, na minha opinião, casa perfeitamente com a voz seca e arrastada de Ian Brown, intensificando esse clima no disco.
A banda consegue nesse CD misturar muito bem guitarras, riffs repetitivos, solos, como já disse, com uma pegada mais pop e batidas de dance music. Todas essas características são marcantes da cena do movimento "Madchester" que estava se desenvolvendo na Inglaterra, incluindo bandas como Happy Mondays e The Charlatans, além do próprio SR.
Enfim... Se você gosta dessa mistura de batidas dançantes com guitarras, Byrds, Clash, Simon & Garfunkel, Hendrix, Stones, dentre outros... Vale a pena voltar alguns anos e curtir o clima desse incrível disco.
Deixo vocês com "I am The Resurection", em seus mágicos 8 minutos, e um Mash-up que encontrei por acaso da música "Waterfall" (Stone Roses) com o Simon & Garfunkel.
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